Myrtaceae

Eugenia pisiformis Cambess.

Como citar:

Monira Bicalho; Lucas Arguello Aragão. 2022. Eugenia pisiformis (Myrtaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

2.137.127,629 Km2

AOO:

664,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Mazine et al., 2020), com distribuição: no estado de Alagoas — no município Murici —, no estado da Bahia — nos municípios Amargosa, Arataca, Bahia, Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Camacan, Governador Mangabeira, Ibirapitanga, Ilhéus, Itabuna, Itamaraju, Itapebi, Mucuri, Porto Seguro e Santa Luzia —, no estado do Ceará — no município Fortaleza —, no Distrito Federal — no município Brasília —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Afonso Cláudio, Águia Branca, Aracruz, Barra de São Francisco, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Conceição da Barra, Conceiçao do Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Governador Lindenberg, Guarapari, Iuna, Linhares, Pinheiros, Presidente Kennedy, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Sao Mateus, São Mateus, Serra, Sooretama, Soretama, Viana e Vitória —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Belmiro Braga, Carangola, Descoberto e Timóteo —, no estado do Paraná — nos municípios Antonina, Campina Grande do Sul, Diamante do Norte, Guaraqueçaba, Morretes, Paranaguá, Piraquara e Ponta Grossa —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Angra dos Reis, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Guapimirim, Itaboraí, Itatiaia, Macaé, Magé, Mangaratiba, Maricá, Miguel Pereira, Natividade, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Parati, Paraty, Petrópolis, Rio Bonito, Rio da Ostras, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São Francisco de Itabapoana, Silva Jardim e Teresópolis —, no estado do Rio Grande do Sul — no município Torres —, no estado de Santa Catarina — nos municípios Garuva, Joinville e São Francisco do Sul —, e no estado de São Paulo — nos municípios Bertioga, Campinas, Caraguatatuba, Iguape, Santo André, Santos, São José do Barreiro, São Paulo e Ubatuba.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Lucas Arguello Aragão
Categoria: LC
Justificativa:

Arbusto, arvoreta a árvore com até 7 m de altura (Valdemarin, 2018), que possui registros em diversos municípios do Brasil. Ocorre na Mata Atlântica, em diferentes fitofisionomias de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Restinga. Apresenta um extenso EOO= 1092433km², mais de 10 situações de ameaças e registros em Unidades de Conservação. Os valores de EOO e o número de situações de ameaça extrapolam os limiares para a inclusão da espécie em uma categoria de ameaça. Somado à isto, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, a espécie foi considerada como de Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Último avistamento: 2019
Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. Merid. (quarto ed.) 2(19): 356, 1829 [1832]. É afim de Eugenia pruniformis pela forma, tamanho, indumento e ápice da lâmina foliar discolores, mas difere pela presença de nervura marginal interna a 0,5-1 mm da margem (vs. nervura marginal interna 2,5-8 mm da margem em E. pruniformis), e inflorescência em fascículo (vs. inflorescência em racemo, este às vezes corimboso em E. pruniformis) (Valdemarin, 2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Foram amostrados 2 indivíduos em uma área de 900 ha de floresta de planície e submontana no município de Paracambi, estado de Rio de Janeiro (Cysneiros et al., 2015).
Referências:
  1. Cysneiros, V.C., Mendonça-Junior, J. de O., Gaui, T.D., Braz, D.M., 2015. Diversity, community structure and conservation status of an Atlantic Forest fragment in Rio de Janeiro State, Brazil. Biota Neotrop. 15. https://doi.org/10.1590/1676-060320150132

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland, 13.3 Coastal Sand Dunes
Detalhes: Arbusto, arvoreta a árvore com até 7 m de altura (Valdemarin, 2018). Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga (Mazine et al., 2020).
Referências:
  1. Mazine, F.F., Bünger, M., Faria, J.E.Q., Fernandes, T., Giaretta, A., Valdemarin, K.S., Santana, K.C., Souza, M.A.D., Sobral, M., 2020. Eugenia. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10498 (acesso em 11 março 2022)
  2. Valdemarin, K.S., 2018. Estudo taxonômico das espécies de Eugenia L. (Myrtaceae) da Reserva Natural Vale - Linhares, ES. Dissertação (Mestrado) - USP/Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”.

Reprodução:

Fenologia: flowering (Aug~Oct), fruiting (Sep~Dec)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection needed
A espécie não é conhecida em nenhuma unidade de conservação, mas claramente existe a necessidade de melhorar a proteção do habitat nos locais onde se sabe que ela ocorre. São necessárias pesquisas adicionais para determinar se esta espécie está ou não experimentando um declínio efetivo ou está passando por flutuações naturais da população.
Ação Situação
5.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU) na lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo (SMA, 2016).
Referências:
  1. SMA - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2016. Resolução nº 57, de 05 de junho de 2016. Lista de espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 07/06/2016, Seção I, pp. 69-71. URL https://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/wp-content/uploads/sites/32/2019/05/Resolução-SMA-nz-57-2016.pdf (acesso em 15 de março de 2022).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
14. Research natural leaf
Extratos etanólicos de folhas, cascas e galhos de Eugenia pisiformis foram testados contra Mycobacterium tuberculosis, todos os extratos mostraram atividade contra esta bactéria, mas os de frutos e cascas apresentaram atividade mais proeminente (Oliveira e Martins, 2015).
Referências:
  1. Oliveira, C.A., Martins, R.C.C., 2015. LC-MS profile of bioactive extracts from fruits and bark of Eugenia pisiformis Cambess. (Myrtaceae), in: 5th Brazilian Conference On Natural Products and XXXI Anual Meeting On Micromolecular Evolution, Systematics And Ecology. Atibaia.